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Profecias de Daniel parte 4
Profecias de Daniel parte 4

Daniel 11: Quem seriam o rei do norte e o rei do sul?

fonte de pesquisa: criacionismo.com.br


O bloco profético seguinte começa de fato no capitulo 11. Podemos entender o capitulo 10  como  uma introdução a profecia do capitulo 11. Em relação ao capítulo 9, é mencionada uma profecia interessante que é inicialmente citada no capítulo 8. A profecia das 70 semanas e das 2300 tardes e manhãs. Este estudo encontra-se no tópico Juízo Universal, caso queira acessá-lo clique aqui


Quando começamos a fazer a leitura do capitulo 11 observamos que o ponto central é o conflito simbolizado pelo rei do norte e rei do sul.

Daniel 11:1-2: "Mas eu, no primeiro ano de Dario, o medo, me levantei para o fortalecer e animar."  Agora, eu te declararei a verdade: eis que ainda três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, tornado forte por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da Grécia."

O texto bíblico nos mostra que 3 Reis se levantariam da Pérsia após Ciro. A hitória confirma:

Cambises (530-522 a.C.) filho de Ciro;
• Falso Smérdis (522 a.C.), um impostor que governou por alguns meses
• Dario I (522-486 a.C., Ciro e Dario I fizeram decretos para reconstruir o templo de Jerusalém)
• Xerxes (486-465 a.C., o Assuero mencionado no livro de Ester. Seu filho, Artaxerxes, foi quem emitiu o 3º e último decreto para “restaurar Jerusalém” (veja em Esdras 7)

Daniel 11:3: "Depois, se levantará um rei poderoso, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver. Mas, no auge, o seu reino será quebrado e repartido para os quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a outros fora de seus descendentes."

 

Grécia

    De acordo com os blocos proféticos anteriores de Daniel, Grécia foi a nação que sucedeu a Medo-Pérsia. Ao lermos o capitulo 7, na descrição do Leopardo, que representa a Grécia, notamos a menção a 4 cabeças:

Daniel 7:6 “Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.”

Não é mistério que o império de Alexandre fora dividido entre os seus quatro generais: Lisímaco, Cassandro, Ptolomeu e Seleuco. Sendo que Ptolomeu, instalou-se ao sul. Precisamente no Egito, que bem simboliza o ateísmo, ou um poder oposto a Deus. 

Babilônia x Egito

    Nos versos 5 em diante são introduzidas as lutas entre o rei do Norte e o rei do Sul. Observamos que até o verso 13 essas lutas simbolizam a antiga Babilônia (rei do norte) e Egito (rei do sul). Quem governava Babilônia nesse tempo eram os Selêucidas e no Egito os Ptolomeus. São usadas essas nomenclaturas (norte e sul) em relação a suas posições geográficas em relação a Jerusalém

 

Roma como Rei do Norte


    Nos versos seguintes (14 a 20) encontramos as primeiras menções a Roma como rei do norte. Nos versos 15 e 16 Roma é colocada como o rei do Norte após conquistar os Selêucidas e entrar na Palestina, “a terra gloriosa” em 63 a.C. Um tempo depois, Roma tomou Jerusalém e permaneceu em terra santa (Mat.24:15-20). Ali fincou seus estandartes idolátricos!

Daniel 11:15-16  “E o rei do norte virá, e levantará baluartes, e tomará a cidade forte; e os braços do sul não poderão resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força para resistir. O que, pois, há de vir contra ele fará segundo a sua vontade, e ninguém poderá resistir diante dele; e estará na terra gloriosa, e por sua mão haverá destruição”

Daniel 11:20 "Levantar-se-á, depois, em lugar dele, um que fará passar um exator [arrecadador de tributos] pela terra mais gloriosa do seu reino; mas, em poucos dias, será destruído, e isto sem ira nem batalha."  

No blog criacionismo.com.br do Jornalista adventista Michelson Borges, em relação a identificação de Roma no verso, nos diz: “As características do verso 20 são as que mais claramente identificam Roma na seqüência histórica. Nesse verso é dito que na glória desse grande reino que derrotou a Medo-Pérsia e a Grécia surgiria um arrecadador de tributos”

 

Chegamos aos dias do Messias

Lucas 2:1.  “Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto para que todo o mundo fosse recenseado.”

Segue o comentário do blog: “Que nação governava o mundo nos dias de Jesus? Roma. Quem baixou o decreto ordenando o recenseamento? César Augusto. De onde ele era? Era romano. Jesus nasceu nos dias de César Augusto, que era conhecido como o arrecadador de impostos. Além do mais, César Augusto morreu assim como predito: sem ira nem batalha”

Daniel 11:21-22: "Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino, com intrigas. As forças inundantes serão arrasadas de diante dele; serão quebrantadas, como também o príncipe da aliança."

Podemos entender que o “homem vil” sucessor de César Augusto foi Tibério César (14 d.C – 37 d.C.). Reconhecido por ser cruel. Atacou Jerusalém e participou, ao lado dos judeus, da morte do Príncipe da aliança eterna, Jesus Cristo.

Foi sob o reinado de Tibério que o profeta declarou que o Príncipe da aliança seria crucificado. Também em Daniel 9:25-27 nos é dito que o Príncipe Ungido firmaria aliança com muitos por uma semana. A morte de Jesus em 31 d.C. confirmou a aliança.
Perceba que a profecia de Daniel 11 segue de maneira progressiva. Como nos blocos proféticos anteriores há um natural “recuo” temporal para depois a profecia avançar na história. A narração cobre o período de Pérsia, Grécia, Roma, chega até o nascimento e morte de Cristo. Depois, segue em frente chegando ao período de Pérgamo, mencionado na profecia das 7 igrejas (apocalipse 1 a 3) que é um período em que ocorre o “casamento” da igreja (romana) com o paganismo. Dos versos 23 ao 30 podemos entender como o período de transição de Roma pagã para Roma papal (ou eclesiástica)

 

Abominação desoladora


Dos versos 31 em diante, o foco passa a ser o domínio do rei do Norte (Roma Papal). O verso 31 nos mostra algo assustador:

Daniel 11:31: "Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora."

Esse texto nos dá uma dica preciosa na aplicação da abominação desoladora. O texto fala em “profanação do santuário”. Isso significa que esse poder político-religioso representado por Roma iria tentar destruir a doutrina do santuário que mostra a obra intercessora de Cristo pela raça humana (Hebreus 9:24). Tal obra, já havia sido descortinada no capitulo 7 e 8 de Daniel
Por mais que alguns digam que os santos não são adorados e sim venerados, tais procedimentos são ofensivos a Deus, pois viola a doutrina sacerdotal de Cristo como mediador da raça humana perante Deus (Hebreus 9:24), anula o sacrifício de Cristo por nós, visto Ele ter nos comprado com seu sangue para ser nosso representante, nosso advogado perante Deus (1º Tim.2:5 e 1º Jo.2:1)
A profanação do santuário está intimamente ligada a abominação desoladora. Cristo em Seu sermão profético (Mateus 24) nos mostra que Roma iria impor novamente a abominação desoladora:

“Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda)” (Mateus 24:15)

Biblicamente abominação refere-se a quebra da lei de Deus e idolatria (veja Jeremias 7:9-10 e 1º Reis 21:26) Tal evento, a abominação desoladora profetizado por Cristo ocorreu quando Roma destruiu Jerusalém e seus estandartes idolátricos foram fincados em terra santa, estabelecendo assim a abominação desoladora algumas décadas depois de Sua morte e ressurreição. Vale lembrar, entretanto, que o contexto de Mateus 24 é essencialmente profético e sua aplicação é histórica e escatológica. A escritora cristã Ellen White ao comentar Mateus 24 diz: “O futuro estava misericordiosamente velado aos discípulos. Houvessem eles naquela ocasião compreendido perfeitamente os dois terríveis fatos - os sofrimentos e morte do Redentor, e a destruição de sua cidade e templo - teriam sido dominados pelo terror. Cristo apresentou diante deles um esboço dos importantes acontecimentos a ocorrerem antes do final do tempo. Suas palavras não foram então completamente entendidas; mas a significação ser-lhes-ia revelada quando Seu povo necessitasse da instrução nelas dada. A profecia que Ele proferiu era dupla em seu sentido: ao mesmo tempo em que prefigurava a destruição de Jerusalém, representava igualmente os terrores do último grande dia” (O Grande Conflito, pag 25)
Portanto é coerente entender no contexto escatológico do capítulo 24 de Mateus que, da mesma maneira que foi estabelecida a abominação desoladora nos tempos apostólicos e nos tempos de Constantino, assim no tempo do fim também será imposta a  tal abominação. A história irá se repetir

Como a bíblia interpreta abominação?

“Aquele que desvia seus ouvidos de ouvir a Lei, até sua oração será abominável (Provérbios 28:9)

“Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes, e então vireis, e vos apresentareis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Somos livres para praticardes ainda todas essas abominações?” (Jeremias 7:9-10)

“...Que fez grandes abominações, seguindo os ídolos, segundo tudo o que fizeram os amorreus, os quais o Senhor lançou diante dos filhos de Israel”  (1ºReis;21:26)

 “ Voltarão para ali e tirarão dela todos os seus ídolos detestáveis e todas as suas abominações  (Ezequiel.11:18)

 “ O rei Asa depôs  também a Maaca, sua mãe, da dignidade de rainha mãe, porquanto ela havia feito a Aserá, uma abominável imagem ; Asa destruiu-lhe a imagem, que feita de pó  queimou no vale de Cedrom”  (2ºCrônicas.15:16)

 “De tais jóias preciosas fizeram seu objeto de soberba e fabricaram suas abomináveis imagens e seus ídolos detestáveis” (Ezequiel.7:20)

Note que em todos os textos bíblicos, abominação é associada a 2 coisas: a quebra da lei de Deus e a idolatria (que no final das contas também é a quebra da lei). ROMA é um poder político-religioso que mudou a lei de Deus (Daniel 7:25) e pratica a idolatria, para mais informações clique aqui. E ao analisarmos o capitulo 11 seguindo o principio de que as profecias de Daniel são seqüenciais, entendemos claramente que no tempo do fim será imposta uma lei que obrigue as pessoas a guardarem o 1º dia da semana. Tal afronta de Roma em querer mudar a lei de Deus ou de querer tirar de Cristo sua autoridade como intercessor da raça humana não é de hoje:

 “Os cristãos não devem judaizar, ou estar ociosos no Sábado, mas trabalharão nesse dia; o dia do Senhor (Domingo), entretanto, honrarão especialmente, e, como Cristãos, não devem, se possível, fazer qualquer trabalho nele. Se, porém, forem achados judaizando, serão separados de Cristo.”  
(Cânon 29, do Concílio de Laodicéia, em 364 d.C.).

No que tange ao uso de imagens de santos como intercessores em lugar de Cristo, tomou assento na igreja nos dias de Constantino quando do casamento da igreja com o paganismo. Para mais informações clique aqui
Perceba que a profecia avançou no tempo atingindo o futuro! Claramente a abominação desoladora será algo que afronte a Lei de Deus, algo que tente tirar de Deus sua autoridade como grande Senhor do Universo. Será imposto por Lei (como no passado) que todos adorem Deus de forma errada, falsa, subordinados a autoridade humana (representada por Roma). Para mais detalhes a esse respeito, clique aqui

Video sobre o tema: Dr.Samuel Ramos

 

 

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